Lula argumentou que os países mais pobres, em especial na África, precisam ter suas dívidas externas equacionadas, defendendo que os bancos multilaterais de desenvolvimento alocassem mais recursos de forma ágil para iniciativas eficazes. Além disso, ele enfatizou que é essencial uma tributação mais justa para corrigir as disparidades socioeconômicas entre países e dentro deles, sugerindo a exploração de mecanismos de taxação internacional.
O presidente ressaltou que o modelo de governança estabelecido após a Segunda Guerra Mundial já não reflete a geopolítica do século 21 e defendeu uma representação adequada de países emergentes em órgãos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas e instituições financeira como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Além disso, Lula frisou a importância da presidência brasileira no enfrentamento das mudanças climáticas e promoção do desenvolvimento sustentável, buscando uma transição energética justa e acessível para todos. Ele também defendeu o aprimoramento de mecanismos de financiamento climático e uma melhor distribuição de recursos.
Outro ponto destacado foi a inclusão social e a luta contra a desigualdade, fome e pobreza. Lula enfatizou a necessidade de erradicar a fome em um mundo capaz de gerar riquezas significativas, argumentando que as desigualdades estão na raiz de muitos problemas globais.
A presidência do Brasil no G20 prevê a organização de mais de 100 reuniões, incluindo cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos, com o ponto alto sendo a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Dessa forma, o Brasil busca liderar um processo de transformação global, visando a cooperação política e econômica entre as maiores economias do mundo em prol do desenvolvimento sustentável, combate às mudanças climáticas e inclusão social.