O presidente da AEB, José Augusto de Castro, destacou que o mercado internacional está calmo, sem grandes variações de preços. Ele pontuou que o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas não teve impacto nas operações comerciais. No entanto, Castro admitiu que fatores geopolíticos envolvendo China, Estados Unidos e Rússia podem resultar em alterações. Ele também alertou para a possibilidade de um fato político ou econômico afetar o cenário atual.
O Boletim da AEB ressalta que soja, petróleo e minério deverão responder por 37,05% das exportações totais projetadas pelo Brasil para 2024. Castro observou que caso a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decida reduzir a produção, teoricamente, o preço aumentará. Em relação à soja, a expectativa é de uma pequena queda na exportação devido a problemas climáticos no Brasil.
Castro ainda comentou sobre os reflexos da posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei, para o comércio brasileiro. Ele acredita que a Argentina poderá colher uma grande safra de soja e milho, o que seria favorável ao Brasil. No entanto, a AEB confirmou que todos os 15 principais produtos exportados pelo Brasil em 2023 são commodities, o que mostra que ainda não houve uma participação significativa de produtos manufaturados na balança comercial.
Por fim, Castro destacou que o Brasil está perdendo a oportunidade de alavancar a produção industrial, ao contrário de outros países como o México. Ele argumentou que o México se preparou para o futuro, o que resultou em um forte crescimento em termos de pessoal e econômicos.