Dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) indicam que, entre os dias 3 e 9 de dezembro, os estados do Nordeste tiveram um aumento nos casos de covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Boletim InfoGripe.
A Bahia foi o primeiro estado da região a registrar a elevação dos casos, mas, atualmente, está apresentando um recuo nos números. No entanto, ainda mantém um crescimento nas novas ocorrências. Enquanto isso, no Ceará, os casos têm aumentado semana a semana. Além disso, estados como Maranhão, Paraíba e Pernambuco estão com um sinal inicial de aumento recente nos casos, especialmente entre pessoas de idade avançada.
A Fiocruz alerta que Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia têm apresentado um sinal de crescimento das síndromes respiratórias agudas graves por covid-19 a longo prazo. Em Minas Gerais, o sinal é de um platô, sem indícios claros de queda.
No entanto, a situação é diferente no centro-sul do país, onde continua o sinal de queda em relação à covid-19. Em Minas Gerais, por exemplo, houve uma interrupção no crescimento, e a fase de estabilidade no número de casos permanece. Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que recentemente tiveram um leve aumento, agora são classificados como oscilação.
Dez capitais apresentaram sinal de aumento: Aracaju, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina, e Vitória. Em algumas dessas cidades, como em Fortaleza, João Pessoa e Salvador, o aumento está relacionado principalmente à população idosa. Enquanto em outras, como Aracaju e Maceió, o sinal atual pode indicar um possível início de um novo ciclo.
Em relação à mortalidade, o boletim InfoGripe apontou que, nas últimas oito semanas, a incidência e a mortalidade de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) mantiveram um padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e pessoas idosas.
Portanto, diante desse cenário, a Fiocruz reforçou a importância da vacinação, especialmente para os grupos de risco, como pessoas de idade avançada e imunocomprometidas. A fundação ressaltou a necessidade de manter a proteção elevada por meio da vacinação e destacou a importância de tomar a segunda dose da bivalente.
Em relação aos resultados positivos e aos óbitos, o Sars-CoV-2/covid-19 teve a maior prevalência entre os casos de resultado positivo para vírus respiratórios nas últimas quatro semanas epidemiológicas, seguido do vírus sincicial respiratório e dos influenza A e B. No geral, houve um total de 168.852 casos de SRAG notificados no ano epidemiológico, com 10.744 óbitos registrados. A Fiocruz ressaltou a importância de estar em dia com a vacina e alertou para as alterações nos dados de positividade para as semanas recentes, que estão sujeitos a mudanças devido ao fluxo de notificações de casos e à inserção de resultados laboratoriais associados.
Essas informações mostram a importância de manter as medidas de prevenção e combate ao vírus, assim como a necessidade de continuar acompanhando de perto os dados sobre a evolução da doença. A vacinação é uma das principais ferramentas para conter a disseminação do vírus e proteger as pessoas, especialmente aquelas pertencentes aos grupos de risco. Portanto, é essencial que as autoridades e a população continuem atentas e engajadas nas ações de saúde pública.
