Justiça de Pernambuco afasta sete policiais militares por risco de interferência em investigação de chacina em Camaragibe

A Justiça de Pernambuco acatou pedido do Ministério Público pernambucano e determinou o afastamento de sete policiais militares de suas funções, após suspeitas de interferência nas investigações da chacina ocorrida no bairro Tabatinga, em Camaragibe, região metropolitana de Recife, em setembro deste ano.

Além disso, outros cinco policiais já haviam sido presos em uma operação da Polícia Civil, que visa desarticular uma associação criminosa envolvida no mesmo ocorrido. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe.

A chacina ocorreu logo após a morte de dois policiais militares, resultando na morte de nove pessoas, incluindo três irmãos e a mãe do suspeito de matar os policiais. As investigações revelaram que a execução da família de Alex foi motivada por vingança após a morte dos dois militares.

Durante a troca de tiros entre Alex Barbosa e os policiais, uma adolescente grávida foi atingida na cabeça e veio a falecer mais de um mês depois. O bebê sobreviveu ao incidente, nascendo prematuramente.

A decisão de afastamento dos policiais teve como base o trabalho conduzido pela Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do Controle Externo da Atividade Policial e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado.

Os nomes dos policiais presos e afastados não foram divulgados, mas a medida é considerada essencial para garantir a lisura das investigações e evitar possíveis interferências nas apurações.

A operação que resultou nas prisões e afastamentos dos policiais demonstra o empenho das autoridades pernambucanas em esclarecer os fatos relacionados à chacina de Camaragibe. A população espera que a justiça seja feita e que os responsáveis pelos crimes sejam devidamente responsabilizados.

A equipe de reportagem acompanhará de perto o desdobramento desse caso e trará novas informações conforme estas forem disponibilizadas pelas autoridades competentes.

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