Paulo Gonet é nomeado procurador-geral da República e assume cargo na próxima segunda-feira, após aprovação do Senado.

A nomeação do próximo procurador-geral da República, Paulo Gonet, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicada na tarde de hoje (15) no Diário Oficial da União. O ato foi publicado após a aprovação de Gonet pelo plenário do Senado, na última quarta-feira (13). A posse dele no cargo está marcada para a próxima segunda-feira (18).

Gonet, que atualmente exerce o cargo de vice-procurador eleitoral, com atuação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai assumir a cadeira deixada pelo ex-procurador Augusto Aras, cujo mandato terminou em setembro.

Paulo Gustavo Gonet Branco é um dos 74 subprocuradores da República em atuação na PGR. Gonet entrou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987 e é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também obteve título de doutorado.

Nos bastidores, Gonet contou com o apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, para chegar ao cargo de procurador-geral. O subprocurador é autor do livro Curso de Direito Constitucional, escrito em parceria com Mendes.

No TSE, tribunal presidido por Moraes, Gonet deu parecer favorável à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que tratou da legalidade da reunião realizada com embaixadores para atacar o sistema de votação eletrônico brasileiro.

Desde a saída de Augusto Aras, a PGR está sendo comandada interinamente pela subprocuradora Elizeta Ramos.

A escolha de Gonet para o cargo de procurador-geral da República gera expectativas e levanta questionamentos, especialmente devido ao seu posicionamento e atuação no TSE, em processos sensíveis que envolvem figuras políticas proeminentes. Sua relação próxima com ministros do STF também pode sinalizar um possível alinhamento com determinadas correntes políticas e ideológicas.

A posse de Gonet na próxima segunda-feira será aguardada com atenção pela comunidade jurídica e também pela classe política, que espera que o novo procurador-geral atue com independência e imparcialidade na condução dos casos de interesse nacional.

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