As perguntas abordam diversas dimensões, como renda, cuidados em saúde, situação familiar e violência, e a partir das respostas é possível classificar as famílias em graus de vulnerabilidade baixa, moderada ou alta. De acordo com Márcio Paresque, gerente de projetos do Einstein, conhecer as vulnerabilidades das famílias é essencial para pensar em estratégias de acesso e atendimento nas unidades básicas de saúde.
Em um estudo realizado em unidades municipais de algumas regiões da capital paulista, foi constatado que 12,6% das famílias atendidas apresentam vulnerabilidade moderada e 7,67% vivem em vulnerabilidade alta. Esses números confirmam a importância de conhecer o contexto social e econômico das famílias para oferecer um atendimento mais adequado e eficaz.
A proposta é que a Escala de Vulnerabilidade Social seja utilizada em outras unidades do SUS em todo o Brasil, sendo que a Prefeitura de Boa Vista, em Roraima, e o estado do Paraná já manifestaram interesse em adotar a ferramenta. Essa iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma parceria do Ministério da Saúde com seis hospitais sem fins lucrativos brasileiros, que tem como objetivo apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada.
Portanto, a implementação da Escala de Vulnerabilidade Social é mais um passo em direção à melhoria do atendimento no SUS, possibilitando um olhar mais atento e direcionado às necessidades das famílias que dependem do serviço público de saúde. Ao identificar as vulnerabilidades, os profissionais de saúde estarão mais bem preparados para oferecer um atendimento adequado e personalizado, garantindo uma melhor qualidade de vida para a população atendida.