De acordo com os resultados, o Bolsa Família foi apontado por 26% dos entrevistados como o programa mais importante para a economia brasileira nas últimas décadas. Em segundo lugar, aparece o Plano Real, com 23% das menções. Em seguida, foram citados a abertura da economia para o comércio internacional (15%), o Auxílio Emergencial (9%), a participação do Brasil no BRICS (5%) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (3%).
O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, destacou a importância do Plano Real e do Bolsa Família como as marcas mais significativas da economia brasileira na Nova República. Para ele, a estabilidade da moeda e as políticas sociais são ambos valorizados como alavancas do desenvolvimento do país.
Além disso, a pesquisa também aponta diferenças relevantes entre os perfis dos entrevistados que optaram pelo Bolsa Família ou pelo Plano Real. A menção ao Bolsa Família é maior entre as mulheres (29%), na faixa de 18 a 24 anos (33%), entre os que estudaram até o fundamental (34%) e na faixa de renda até dois salários mínimos (35%). Por outro lado, o Plano Real foi mais apontado entre os homens (26%), na faixa de 45 a 59 anos (29%), entre os que têm formação universitária (34%) e no segmento de renda acima de cinco salários mínimos (33%).
O programa Bolsa Família foi criado em 2003, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de combater a pobreza e facilitar o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. Já o Plano Real foi lançado em 1994, no governo de Itamar Franco, com o objetivo de conter a hiperinflação que assolava o país.
