Manifestações na Plaza de Mayo contra medidas econômicas de Milei desafiam protocolo antipiquetes de Bullrich e terminam com tensão e detenções.

“Protestos populares marcam início do governo de Milei na Argentina”

A praça de Mayo, na capital argentina, foi palco da primeira grande manifestação popular contra as medidas econômicas anunciadas pelo recém-empossado presidente do país, Javier Milei. Movimentos sociais e organizações de esquerda lideraram o protesto, que foi marcado por momentos de tensão e confronto com a polícia. A presença de forças policiais foi intensa e resultou na detenção de manifestantes, colocando à prova o protocolo “antipiquetes” do Ministério da Segurança, comandado por Patricia Bullrich.

Líderes dos grupos de protesto enfatizaram a natureza pacífica da mobilização, mas confrontos surgiram antes mesmo da chegada à praça, com relatos de detenções e um policial ferido. No entanto, o ato prosseguiu e a marcha seguiu em direção à Plaza de Mayo.

O protesto ocorreu em meio à polêmica em torno do protocolo apresentado por Bullrich para manter a ordem pública, permitindo que as forças de segurança impeçam manifestações que bloqueiem vias. Algumas organizações criticaram o protocolo, alegando que ele compromete o direito de protestar.

Os manifestantes exibiam cartazes criticando o suposto “plano de ajuste” de Milei e declarando rejeição ao protocolo de Bullrich. Durante a manifestação, as organizações envolvidas leram um documento em que prometeram encher as ruas de todo o país em defesa do direito ao protesto e contra as medidas de ajuste e miséria do novo governo.

Enquanto os protestos se desenrolavam, Milei acompanhava a situação e o desempenho do plano de segurança de Bullrich do Departamento Central de Polícia.

O presidente tem enfrentado resistência de grupos sociais desde que assumiu o cargo, principalmente devido às medidas de ajuste econômico anunciadas nos primeiros dias de seu mandato. Milei prometeu cortar gastos públicos, desvalorizou a moeda oficial em 54%, anunciou cortes em subsídios e o fechamento de alguns ministérios do governo. Ao mesmo tempo, prometeu aumentar o pagamento de programas sociais, mas alertou que manifestantes que bloquearem ruas podem perder o direito a esses benefícios.

A situação política e social na Argentina permanece tensa e polarizada diante das primeiras medidas adotadas pelo presidente Milei. O país observa de perto os próximos passos do governo e as reações dos movimentos sociais frente às políticas econômicas propostas.

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