Criado pelo escritor Ronaldo Correia de Brito, o espetáculo tem porte de ópera, envolvendo cerca de 300 pessoas, incluindo artistas das artes cênicas, do frevo, do maracatu, do cavalo marinho e outros. Além disso, conta com expoentes do movimento hip hop e nomes como o cantor pernambucano Almério.
Os ensaios da equipe começaram em agosto, segundo o escritor, que também dirige a peça. Além de discutir a preparação para o espetáculo, o ator fulni-ô Caique Ferraz destaca a riqueza cultural do Brasil: “O Brasil é um país continental, e posso repetir esse clichê maravilhoso. Mas, além de continental, é diverso, eclético culturalmente. E, quando falo isso, é porque, em cada pedacinho de chão do nosso país, temos muita cultura, muita riqueza histórica.”
A jornada teve início na forma de um esboço de representação teatral idealizada por Assis Lima, que foi enviado ao amigo Correia de Brito. Em trabalho conjunto com Madureira, também na casa dos 30 anos de idade, a representação se transformou em nove composições musicais, todas inspiradas em ritmos pernambucanos, nordestinos, brasileiros ou ibéricos.
O que o espetáculo traz como ponto de tradição é a contação do nascimento de Jesus, filho de Maria e José. Além disso, introduz elementos como folguedos e brincadeiras populares, além de reflexões sobre eventos recentes e políticos. “Nas lapinhas, nos reisados e nas brincadeiras populares, existe essa manifestação da atualidade”, observa o diretor da peça.
O “Baile do Menino Deus” ficará em cartaz até o dia 25, com entrada gratuita e duração total de 60 minutos.
