Esses espaços ou salas, conforme descrito no projeto, devem ser calmos, com parede ondulada, sistema de iluminação que muda de cor e outros acessórios e equipamentos capazes de criar um ambiente aconchegante e acolhedor. A medida visa atender às necessidades específicas de pessoas com autismo, que podem ser sensíveis a estímulos sonoros, luminosos e visuais.
O deputado Murillo Gouvea, relator do projeto na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, destacou a importância da iniciativa e ressaltou que salas sensoriais semelhantes já são realidade em diversos aeroportos no Brasil e no mundo. Ele mencionou especificamente os aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Hercílio Luz (SC) como exemplos de locais que já criaram esses espaços atentos às necessidades de seus usuários.
A proposta seguirá agora para análise das comissões de Viação e Transportes, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Vale ressaltar que o projeto tem caráter conclusivo, ou seja, poderá ser votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensando a deliberação do Plenário. No entanto, caso haja decisões divergentes entre as comissões ou se houver recurso assinado por 52 deputados, a matéria será apreciada pelo Plenário.
Além disso, a medida também contempla uma preocupação global com a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, reforçando a importância de adaptações e políticas públicas que garantam o pleno exercício dos direitos desses cidadãos. A implementação de salas sensoriais em aeroportos é mais um passo nesse sentido, visando proporcionar uma experiência mais acolhedora e inclusiva para passageiros com autismo.