Educadores concluem curso de Pedagogia Intercultural Indígena para atuar em aldeias no Ceará, fortalecendo saberes tradicionais.

Cerca de 66 educadores finalizaram o curso de Pedagogia Intercultural Indígena Magistério Tremembé, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, no Ceará. Esse grupo de profissionais está pronto para atuar em nove escolas localizadas nas aldeias Tremembé, nos municípios de Itarema e Acaraú.

Essa formação foi possível graças ao Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), em colaboração com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O objetivo do curso é fortalecer temas como a demarcação de terras, além de possibilitar uma educação diferenciada para as comunidades indígenas.

Além dessas instituições, o curso também contou com a parceria do Conselho Indígena Tremembé de Almofala, as secretarias de Educação do Ceará e de Itarema e a Igreja Metodista do Brasil. O termo “Cuiambá” se refere a um suporte feito da cuia da cabaça, onde os Tremembé consomem o mocororó, uma bebida ritual feita do caju.

De acordo com a Capes, por meio de nota, a formação de professores indígenas capacitados como pedagogos interculturais tem contribuído para fortalecer os saberes tradicionais e valorizar os profissionais que estão atuando em sala de aula. Esse tipo de iniciativa busca promover uma educação mais inclusiva e sensível à diversidade cultural das comunidades indígenas.

Essa formação específica é fundamental para garantir que as tradições e conhecimentos indígenas sejam preservados e valorizados dentro do ambiente escolar. Nesse sentido, a conclusão desses 66 educadores representa um avanço significativo no fortalecimento da educação intercultural indígena e na promoção da diversidade dentro do sistema educacional brasileiro.

Dessa forma, surgem melhores oportunidades para que as comunidades indígenas tenham acesso a uma educação de qualidade, que reconheça e respeite suas tradições e costumes, ao mesmo tempo em que os prepara para um futuro profissional sustentável e inclusivo. A formação desses educadores é um passo importante nesse caminho.

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