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Brasil critica declarações de Israel sobre emigração dos palestinos da Faixa de Gaza, considerando violação do direito internacional.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite da última sexta-feira (5), criticando as recentes declarações de autoridades de Israel que defendem a emigração dos palestinos da Faixa de Gaza. O Itamaraty considerou que essa posição viola o direito internacional e prejudica a possibilidade de paz na região.

A nota do governo brasileiro afirma que as declarações de autoridades israelenses, que desejam promover a emigração da população palestina da Faixa de Gaza para outros países, assim como o restabelecimento de assentamentos israelenses naquele território, são motivo de preocupação. Segundo o Itamaraty, tais medidas constituem violações do Direito Internacional, aprofundam tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região.

O direito internacional proíbe o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu a emigração dos palestinos de Gaza em entrevista a uma rádio do país. Suas declarações foram criticadas pela União Europeia, países árabes, a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos.

Além disso, o Escritório de Direitos Humanos da ONU (Ocha) denunciou os pesados bombardeios em Gaza, onde mais de 1,9 milhão de pessoas, equivalente a 85% da população local, abandonaram suas casas devido à guerra. Há também a preocupação com a situação das crianças palestinas, que correm o risco de morrer por doenças evitáveis, falta de água e alimentos.

Desde o início das hostilidades no Oriente Médio em outubro, a violência na região já causou a morte de 22,6 mil palestinos, sendo 70% de mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. No lado israelense, o ataque do Hamas resultou na morte de 1,2 mil pessoas, além de 173 soldados de Israel que também perderam a vida nos confrontos. Portanto, as recentes declarações de autoridades de Israel geraram preocupação e críticas por parte de diversos atores internacionais, que entendem que tais posicionamentos colocam em risco a possibilidade de paz na região do Oriente Médio.

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