Aos 19 anos, ainda como um soldado da Polícia do Exército, Zagallo teve a oportunidade de pisar pela primeira vez no icônico estádio do Maracanã, porém, não como um jogador, e sim como parte da segurança durante a final da Copa do Mundo de 1950. Ficou marcado por ter testemunhado a dolorosa derrota do Brasil para o Uruguai, em um jogo que ficou conhecido como “Maracanazo”. O soldado Zagallo viu, juntamente com os mais de 190 mil espectadores, a “Celeste Olímpica” se consagrar campeã, em um dos momentos mais tristes para o futebol brasileiro.
Apesar do trauma de presenciar aquela derrota histórica, Zagallo estava destinado a brilhar, e não a fracassar. Sua estreia na seleção brasileira foi apenas aos 26 anos, uma idade considerada avançada para os padrões atuais. No entanto, sua trajetória como jogador surpreendeu a todos, pois ele conquistou a posição de titular na seleção, mesmo competindo com jogadores de grande destaque como Pepe e Canhoteiro.
Uma das características marcantes de Zagallo como jogador era sua atuação tática e sua capacidade de compensação em campo. Com habilidade e estratégia, ele contribuiu de forma crucial para a conquista de dois títulos mundiais como jogador em 1958, na Suécia, e 1962, no Chile. Além disso, Zagallo também fez história como treinador e coordenador técnico, participando de vitórias e conquistas inesquecíveis para o futebol brasileiro.
Aos 92 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo deixou um legado único, sendo o único tetracampeão do mundo em futebol. Seu nome permanecerá marcado na história do esporte, como um exemplo de determinação, garra e talento, inspirando gerações futuras de jogadores e profissionais do futebol. Sua história é um testemunho do poder transformador do esporte e do exemplo de superação que ele representa para todos que o admiram.