Bolívia manifesta apoio à denúncia da África do Sul contra Israel por genocídio na Corte Internacional de Justiça

A Bolívia expressou seu apoio à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) neste domingo (7). A acusação feita pela África do Sul alega que Israel teria praticado genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia emitiu uma nota em que valoriza a ação da África do Sul, classificando-a como “histórica”. O país sul-americano afirmou que a iniciativa da África do Sul é de extrema importância, referindo-se à abertura de um processo judicial contra Israel perante a CIJ.

O pedido da África do Sul à CIJ inclui medidas cautelares para interromper a campanha militar de Israel em Gaza. A Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU) e é responsável pela solução de disputas entre estados. Audiências para discutir a denúncia com representantes do país africano e de Israel estão marcadas para esta quinta-feira (11) e sexta-feira (12).

A Bolívia destacou que a ação da África do Sul deveria ser acompanhada por toda a comunidade internacional que clama por respeito à vida, considerando o relatório elaborado pelas Nações Unidas que informa que mais de 21 mil pessoas, a maioria crianças e mulheres, morreram desde 7 de outubro de 2023, refletindo as ações consideradas desumanas do Estado de Israel.

A denúncia da África do Sul alega que “atos e omissões de Israel são de caráter genocida, pois foram cometidos com a intenção específica necessária para destruir os palestinos em Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo”. Além disso, afirma que “a conduta de Israel em relação aos palestinos em Gaza viola suas obrigações com a Convenção do Genocídio”.

Por outro lado, o governo de Israel nega as acusações de genocídio e classifica a ação na Corte Internacional como “infundada”. Em um comunicado sobre a denúncia da África do Sul, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel culpou o Hamas pelo sofrimento dos palestinos na Faixa de Gaza, alegando que o grupo palestino controlador de Gaza estaria usando civis como escudos humanos, algo que o Hamas nega veementemente.

O governo de Israel destacou ainda que os residentes de Gaza não são considerados inimigos e que estão fazendo esforços para limitar os danos aos não envolvidos e para permitir a entrada de ajuda humanitária na região.

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