Raimundo Bomfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e membro da coordenação nacional da FBP, destacou a importância da responsabilização dos envolvidos para evitar que novas tentativas de golpe ocorram. Ele foi enfático ao defender que não deve haver anistia para aqueles que praticaram atos de vandalismo e aqueles que foram responsáveis por financiar ou planejar o golpe. Além disso, Bomfim ressaltou a necessidade de processar e investigar todos os envolvidos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares que estiveram envolvidos na tentativa de usurpação do governo.
Um ano após os atos golpistas, a manifestação também ressaltou que 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. No entanto, os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair do país.
Marcelo Correia, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), destacou a importância de manter a democracia intacta, mesmo após a tentativa de golpe. Ele ressaltou que é na democracia que é possível avançar politicamente e combater o racismo, lutar pela dignidade humana e garantir acesso à educação, saúde e cultura.
Além das entidades organizadoras, a manifestação contou com a presença da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT), parlamentares do Psol, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O evento demonstrou a união de diferentes setores em prol da democracia e contra tentativas de golpe no país.