Essa decisão foi tomada após a determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2022, que exigiu a utilização e o armazenamento das imagens captadas, as quais deverão ser compartilhadas com órgãos como o Ministério Público, a Defensoria Pública e vítimas de violência policial quando requisitadas.
Vale ressaltar que a divulgação desta informação pela Polícia Militar ocorre em meio à controvérsia que envolve a morte de três homens em uma operação do Bope no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, na última semana. Segundo o laudo da necropsia, dois dos homens foram mortos por disparos de fuzil, gerando questionamentos sobre a conduta dos policiais envolvidos.
A medida de equipar os policiais do Bope com câmeras corporais visa não apenas cumprir a determinação do STF, mas também aumentar a transparência e a prestação de contas das ações policiais, especialmente em áreas de alto risco e com histórico de violações dos direitos humanos.
O uso das câmeras corporais por parte dos policiais é um passo importante no sentido de garantir a segurança tanto dos agentes quanto da população, além de contribuir para eventuais investigações sobre a conduta policial em situações de conflito. No entanto, é importante aguardar o efetivo início da utilização das câmeras e a implementação de mecanismos efetivos de monitoramento e fiscalização para garantir que a medida cumpra de fato seus objetivos.