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Lei 10.639, marco na inclusão da história afro-brasileira, completa 21 anos em Maceió, com pioneirismo na educação antirracista.

No dia 9 de janeiro, comemoramos os 21 anos da implementação da Lei 10.639, que marcou um importante avanço na inclusão da história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. No entanto, antes mesmo da promulgação dessa legislação, a batalha pela inclusão e pelo ensino antirracista já era travada em Maceió, pela Prefeitura da cidade.

Rosário de Fátima da Silva, uma professora aposentada com 33 anos de dedicação à educação em Maceió, foi uma das precursoras na implantação de práticas e conteúdos que destacavam a história e cultura afro-brasileira antes da existência da Lei 10.639. Ela foi protagonista na construção de um ensino mais inclusivo e diversificado na cidade.

Rosário elucida que, mesmo antes da promulgação da lei em 2003, Maceió já desenvolvia um trabalho nesse sentido desde 1995, com a inauguração da Escola Zumbi dos Palmares. Ela destaca que, mesmo após se aposentar, continua engajada na luta por uma educação antirracista, respeitando a diversidade étnico-cultural do Brasil.

A educadora percebeu a lacuna no ensino sobre a história e cultura afro-brasileira e empenhou-se em oferecer aos estudantes uma visão mais completa e realista sobre o tema. Ela acredita que, apesar do pioneirismo, ainda há muito a ser feito na luta antirracista. A inclusão da história e cultura afro-brasileira nos currículos foi um grande passo, mas a jornada pela equidade e respeito à diversidade é um compromisso constante, uma construção diária.

A coordenadora geral da Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), Arísia Barros, ressalta a importância de reconhecer e honrar a história da luta antirracista, afirmando que é fundamental que a lei não fique apenas no papel, mas que se traduza em ações concretas, reformulando a educação para uma compreensão mais profunda do aspecto racial.

Portanto, os 21 anos da Lei 10.639 são mais do que uma simples comemoração; representam a luta contínua por uma educação antirracista e inclusiva, fundamentada no respeito e valorização da diversidade étnico-cultural do Brasil. A trajetória de Rosário de Fátima da Silva é um exemplo vivo desse compromisso, e sua história deve ser preservada e celebrada como parte essencial desse processo de transformação educacional.

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