Ícone do site Pauta Capital

Violência e ausência de inteligência: Equador entra em crise de segurança conforme avaliação de secretária de Segurança de Quito.

Equador enfrenta onda de violência e terror

A crise de segurança no Equador tem assustado a população e chamado a atenção das autoridades. A ausência de um sistema de inteligência efetivo e de estrutura reforçada das polícias tem sido apontada como uma das principais causas desse cenário crítico. A secretária de Segurança de Quito, Carolina Andrade, destacou a gravidade da situação e a necessidade de mudanças urgentes.

Na última terça-feira, o país viveu um verdadeiro dia de terror, com criminosos orquestrando diversas ações, como sequestros, explosões e até a invasão do estúdio de um telejornal que estava sendo transmitido ao vivo. Essas ações marcaram uma disputa de forças entre o governo e gangues do crime organizado, um conflito que se arrasta há anos. O presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência e colocou as Forças Armadas nas ruas, além de estabelecer um toque de recolher noturno nacional.

Andrade ressaltou que o Equador era considerado o segundo país mais seguro da América Latina até 2017, mas que a situação teve uma reviravolta com a redução da participação do Estado na segurança pública, incluindo o fim dos ministérios da Justiça e do Interior. Segundo a secretária, a falta de um sistema de inteligência eficiente e de recursos para as polícias e Forças Armadas, somado às mudanças institucionais, têm contribuído para o agravamento da situação.

Diante desse panorama, a secretária defende a adoção de ações de segurança integradas e que levem em consideração a realidade de cada território do país. Além disso, a implementação de estratégias de curto e longo prazo, como equipar os policiais com armamentos e logística, e focar na assistência social, saúde e educação, é vista como essencial para conter a ação dos traficantes.

Após o dia de terror, as cidades equatorianas estão retomando suas atividades de forma gradual, com o sistema de transporte funcionando normalmente em Quito. No entanto, em cidades como Guayaquil, uma das mais atingidas, o receio ainda é evidente entre os moradores. A população ainda teme transitar pelas ruas, mesmo com a redução progressiva da violência.

A situação no Equador continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades e especialistas em segurança. O presidente Daniel Noboa apresentou projetos para a construção de presídios de segurança máxima, destinados aos líderes das gangues, que para o governo estão por trás dos recentes ataques criminosos. A busca por soluções efetivas e multidimensionais para enfrentar essa onda de violência é crucial para garantir a segurança e a tranquilidade da população equatoriana.

Sair da versão mobile