Ícone do site Pauta Capital

Ação regressiva da AGU cobra R$ 3,5 milhões de militares condenados pela morte de músico e catador no Rio de Janeiro

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro nesta terça-feira (16) para cobrar a quantia de R$ 3,5 milhões de oito militares do Exército que foram condenados pela morte do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador de recicláveis Luciano Macedo.

O crime ocorreu em 2019, durante uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) executada pelos militares no Rio de Janeiro. A ação regressiva foi protocolada com o intuito de recuperar o valor da indenização paga pelo governo federal aos familiares das vítimas. No ano passado, a AGU firmou um acordo com os parentes para o pagamento dos danos causados pelos militares.

A justificativa da AGU para a cobrança dos valores pagos aos familiares é de que os militares agiram de forma imprudente ao realizarem centenas de disparos de arma de fogo contra pessoas inocentes. Em 2021, os militares envolvidos no assassinato foram condenados pela Justiça Militar.

Segundo a acusação, os militares estavam em busca de autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford KA branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua esposa, seu filho e uma amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. O catador de recicláveis Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

A ação da AGU demonstra o esforço do órgão em buscar justiça e responsabilizar os militares envolvidos neste trágico acontecimento. A cobrança dos valores pagos aos familiares das vítimas serve como um importante instrumento para responsabilizar os agentes públicos que atuaram de forma imprudente, causando danos irreparáveis. A entrada desta ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro ressalta a necessidade de uma resposta efetiva perante os casos de violência envolvendo agentes do Estado.

Sair da versão mobile