Uber garante uso de ar-condicionado em todas as corridas intermediadas pela plataforma em resposta a determinação do Rio de Janeiro

A polêmica sobre a cobrança pelo uso do ar-condicionado em carros de aplicativo segue em destaque, especialmente no Rio de Janeiro. A Uber, uma das principais plataformas de intermediação de viagens, garantiu que é possível solicitar o uso do ar-condicionado em todas as corridas, independente da modalidade escolhida pelo usuário.

A empresa ainda reforçou que condena veementemente a cobrança extra pelo uso do equipamento, respondendo assim às críticas da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro. No entanto, a Uber não se pronunciou sobre a possibilidade de tirar de circulação motoristas que não estiverem com o ar-condicionado funcionando, o que continua sendo uma preocupação para os passageiros.

Enquanto isso, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) ressaltou que o valor da corrida é o visualizado pelo passageiro no momento da contratação do serviço, não estando previstas cobranças adicionais pelo motorista. A entidade também destacou que as plataformas associadas têm políticas próprias em relação ao uso do ar-condicionado, as quais podem ser consultadas nos respectivos sites. Além disso, a Amobitec ressaltou que a responsabilidade pela manutenção e bom funcionamento do veículo é do motorista parceiro.

Por outro lado, a 99 não se pronunciou perante a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor, o que levou a pasta a comunicar à Amobitec a falta de posicionamento da plataforma em relação ao cumprimento da resolução que determina informações claras sobre o uso do ar-condicionado nos veículos. Como resultado, a secretaria anunciou a abertura de um processo administrativo para apuração do caso, podendo aplicar medidas legais cabíveis dispostas no Código de Defesa do Consumidor, como multas e até a interrupção do serviço.

O secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, reforçou que a resolução visa garantir que as informações entre as plataformas, motoristas e passageiros sejam claras e precisas, sem surpresas com cobranças extras. Até o momento, mais de 400 mensagens sobre o tema foram enviadas para a secretaria, e os passageiros que se sentirem lesados podem entrar em contato pelos canais oficiais da pasta.

Em meio a essa queda de braço entre empresas de aplicativo, motoristas e órgãos de defesa do consumidor, a questão sobre o uso do ar-condicionado em carros de aplicativo permanece em destaque, aguardando desdobramentos quanto ao cumprimento das resoluções e a proteção dos direitos dos passageiros.

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