A nova tabela será ajustada ao novo valor do salário mínimo, que aumentou de R$ 1.320 para R$ 1.412. “Até o final do mês vamos ter essa definição. Ainda este mês teremos a definição, certo?”, afirmou o ministro ao chegar ao ministério, onde conversou com jornalistas.
Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também abordou o assunto nas redes sociais. Lula reafirmou o compromisso do governo de garantir a isenção para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. “As pessoas que ganham até 2 salários mínimos não pagarão Imposto de Renda. Vamos cumprir o que prometemos”, publicou.
Segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), sem a revisão, aqueles que recebem mais de dois salários mínimos voltarão a ser tributados, já que a faixa de isenção não foi atualizada e permanece em R$ 2.112.
Além disso, houve um desconto automático de R$ 528 no salário, o que na prática deixou a faixa de isenção em R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos em 2023.
Haddad preferiu não comentar se houve acordo para revogar a medida provisória (MP) que prevê a reoneração da folha de pagamentos de alguns setores da economia. Editada no final do ano passado, a medida estabelece a reoneração gradual de 17 setores beneficiados com descontos na contribuição para a Previdência Social.
A revisão da tabela de isenção do Imposto de Renda é uma medida aguardada por trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e que, sem a atualização, correm o risco de voltar a ser tributados. O anúncio da decisão, que deve ser realizado até o final do mês, terá um impacto significativo na vida financeira dessa parcela da população.