Arquidiocese de São Paulo arquiva investigação sobre padre Lancellotti após conclusão do Ministério Público e justiça.

A Arquidiocese de São Paulo arquivou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua da capital paulista. A entidade afirmou que o vídeo de conteúdo sexual divulgado em 2020 já estava sendo investigado pela Cúria Metropolitana paulista. Segundo a organização, não houve convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia, e após considerar as conclusões do Ministério Público de São Paulo e da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento, informando a Santa Sé a respeito.

O advogado de Lancellotti, Luiz Eduardo Greenhalgh, declarou que se trata de uma montagem, um vídeo falso. A polêmica em torno do padre teve início em janeiro, quando o material foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), pelo vereador Rubinho Nunes, do mesmo partido. Este é o autor do requerimento de comissão parlamentar de inquérito (CPI) que pretende investigar o padre Lancellotti e organizações sociais que apoiam pessoas em situação de rua no centro de São Paulo.

O vídeo foi entregue à Cúria Metropolitana e ao Ministério Público, onde passou por procedimentos investigativos. O MPSP concluiu que não há materialidade na denúncia e decidiu pelo arquivamento do inquérito. A Arquidiocese ressaltou que permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados, mantendo distância de interesses ideológicos e políticos.

Por conta da polêmica, sete vereadores paulistanos que haviam assinado o documento para a instauração da CPI retiraram o apoio, afirmando terem sido enganados pelo autor da CPI, que não mencionava o padre no texto.

A Arquidiocese de São Paulo emitiu um posicionamento oficial a respeito do caso, afirmando que solicitou ao vereador Milton Leite o envio do material referente à suposta denúncia contra o Padre Júlio Renato Lancellotti. Após analisar o mesmo conteúdo divulgado em 2020, a entidade decidiu pelo arquivamento da investigação e informou a Santa Sé sobre a decisão.

A Cúria Metropolitana de São Paulo reforçou que mantém-se distante de interesses ideológicos e políticos, buscando serenidade e objetividade diante do caso. A entidade permanece atenta a possíveis novos elementos de verdade sobre os fatos denunciados.

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