Uma área abrangendo os Municípios de Abaré, Chorrochó, Macururé, Curaçá, Juazeiro e Rodelas, todos localizados na região Nordeste do Brasil, foi identificada como regiões áridas em um levantamento recente. O estudo utilizou o índice de aridez para identificar, localizar ou delimitar regiões com déficit de água disponíveis, condição que pode afetar severamente o uso efetivo da terra para atividades como agricultura ou pecuária.
De acordo com o levantamento, as regiões áridas identificadas são consequência das mudanças climáticas e apresentam tendência de aumento da aridez observada em todo o país. O relatório aponta que o clima mais quente contribui para o aumento da evapotranspiração, agravando a condição das regiões já afetadas pela aridez. As exceções seriam a região Sul e o litoral dos Estados de Rio de Janeiro e São Paulo, áreas em que ocorrem fenômenos inversos e são associados ao aumento das chuvas.
Com base nos resultados apresentados, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) considera que ações relacionadas à emergência climática, justiça climática, financiamento e políticas de enfrentamento às mudanças do clima são urgentes e necessárias, especialmente para apoiar os Municípios a lidarem com eventos extremos climáticos.
Por essa razão, a CNM irá promover debates sobre mudanças climáticas, previsões e ações municipais durante a XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que ocorrerá entre 20 e 23 de maio na capital federal. O objetivo é apresentar as estratégias que alguns Municípios têm adotado para lidar com os desastres causados pelas mudanças climáticas, além de lançar uma cartilha completa com diretrizes sobre o assunto. A palestra contará com especialistas convidados e colaboradores da entidade, e a CNM espera que gestores municipais participem e se informem sobre o tema das mudanças climáticas e as suas consequências para os Municípios, bem como ações de mitigação e adaptação.