Setor de planos de saúde atinge marca histórica de 51 milhões de usuários, impulsionado por aquecimento da economia brasileira.

O mercado de planos de saúde suplementar no Brasil atingiu números inéditos, de acordo com um levantamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quarta-feira (24). De acordo com os dados, o setor totalizou mais de 51 milhões de usuários de planos de assistência médica em dezembro do ano passado, ultrapassando a marca de 51.081.018 beneficiários. Além disso, os planos exclusivamente odontológicos registraram 32.668.175 beneficiários. O setor engloba 680 operadoras ativas médico-hospitalares com beneficiários e 238 operadoras ativas exclusivamente odontológicas com beneficiários.

O relatório da ANS também revelou que os planos médico-hospitalares tiveram um crescimento de 957.197 beneficiários em comparação com dezembro de 2022. Já os planos exclusivamente odontológicos tiveram um aumento de 2.469.502 beneficiários em 12 meses.

Os dados por estado mostram que, no comparativo com dezembro de 2022, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram os maiores ganhos de beneficiários em números absolutos. Entre os planos odontológicos, 26 unidades federativas também registraram aumento no comparativo anual, com maior crescimento, em números absolutos, em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica, com 240.716 novos beneficiários nos últimos 12 meses, seguida pela faixa de 40 a 44 anos, que teve 183.201 novos beneficiários. No caso dos planos odontológicos, essas faixas também foram as que registraram as maiores expansões, com 281.144 beneficiários para a faixa de 45 a 49 anos e 253.934 usuários para a de 40 a 44 anos.

O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes, destacou que o crescimento no número de beneficiários de planos de saúde acompanha um movimento de aquecimento da economia do país, com dados preliminares apontando para um crescimento do PIB do Brasil na casa dos 3%, em 2023. Segundo ele, 1,9 milhão de empregos formais foram gerados entre janeiro e novembro do ano passado no país, refletindo diretamente no aumento do número de beneficiários nos planos coletivos empresariais.

A ANS também ressaltou que os números podem sofrer modificações devido às revisões feitas mensalmente pelas operadoras.

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