Operação Vigilância Aproximada: Polícia Federal investiga organização criminosa na Agência Brasileira de Inteligência, com monitoramento ilegal de autoridades.

A manhã desta quinta-feira (25) foi marcada pela deflagração da Operação Vigilância Aproximada, conduzida pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de investigar uma organização criminosa que se infiltrou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com a PF, os integrantes desse grupo estariam realizando monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial.

Ao todo, a PF está cumprindo 21 mandados de busca e apreensão, além de aplicar medidas cautelares que incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As buscas estão sendo realizadas em 18 endereços em Brasília, além de uma em Juiz de Fora (MG), uma em São João del Rei (MG) e outra no Rio de Janeiro.

A Operação Vigilância Aproximada é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado. Na época, as provas obtidas pela PF indicavam que o grupo investigado teria criado uma estrutura paralela dentro da Abin, utilizando ferramentas do Estado para produzir informações com propósitos políticos e midiáticos, visando benefícios pessoais e até mesmo interferência em investigações da Polícia Federal.

A PF assinala que os investigados podem vir a responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.

As investigações e ação da PF reforçam a importância do combate à corrupção, à violação da privacidade e aos abusos de poder. O acesso a informações críticas de forma ilegal põe em risco a segurança e a democracia, além de prejudicar a credibilidade das instituições responsáveis pela defesa do interesse público.

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