A secretária de Saúde do DF, Luciene Florêncio, durante coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 25 de janeiro, afirmou que “a vacina vem nos dar um alento, mas temos que fazer nossa parte. Vamos conversar com o Ministério da Defesa e pedir apoio também ao Exército para ampliar a nossa frente de combate ao mosquito”.
O governo do Distrito Federal declarou situação de emergência na saúde pública devido a um aumento alarmante de casos de dengue. O decreto referente a esta medida foi publicado em edição extra do Diário Oficial do DF.
Os casos de dengue no Distrito Federal registrados nas três primeiras semanas de 2024 aumentaram 646% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram relatadas 17.150 ocorrências suspeitas da doença, das quais 16.628 foram classificadas como casos prováveis pela Secretaria de Saúde. Este aumento expressivo contrasta com os 2.154 casos prováveis que foram registrados no mesmo período em 2023.
Um boletim epidemiológico divulgou que a região administrativa da Ceilândia apresenta a maior incidência de dengue, com 3.963 casos, seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol (1.110), Brazlândia (1.045) e Samambaia (997). Além disso, três mortes causadas pela doença já foram confirmadas em 2024.
O Ministério da Saúde anunciou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Estas cidades fazem parte de 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença, atendendo a critérios como serem municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes, e terem alta transmissão de dengue. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal possuem cidades que atendem a estes requisitos.
Além disso, a vacinação será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que representa grande parte das hospitalizações por dengue. De janeiro de 2019 a novembro de 2023, este grupo teve 16.4 mil hospitalizações, ficando atrás apenas dos idosos, para os quais a vacina não foi autorizada.
