A decisão de realizar a operação-padrão foi tomada após os auditores-fiscais terem realizado uma greve nos portos, aeroportos e pontos de fronteira de alfândega na semana passada, com foco nas cargas. A categoria reivindica o recebimento de um bônus de produtividade previsto pela Lei 13.464, que segundo eles está previsto há sete anos, mas os sucessivos governos têm descumprido a legislação. Em junho do ano passado, o governo regulamentou o adicional, mas o Ministério da Fazenda alega falta de recursos para implementá-lo.
A operação-padrão também é uma forma de protesto dos auditores-fiscais, que ainda levantam o impacto da mobilização, mas argumentam que não afetará a liberação de medicamentos, alimentos perecíveis e cargas vivas nos aeroportos. Além disso, na quarta-feira (31), os auditores-fiscais planejam realizar um protesto em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília, às 10 horas.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o governo ainda está avaliando o impacto da greve, mas afirmou não ter visto grandes prejuízos no embarque de mercadorias. No entanto, a expectativa é de que a operação-padrão resulte em filas no interior dos aeroportos, impactando os passageiros que chegarão de viagens internacionais.
A categoria reforça seu compromisso com a fiscalização e destaca a importância da mobilização para pressionar o governo a cumprir a legislação. A decisão de realizar a operação-padrão reflete a insatisfação dos auditores-fiscais e busca chamar a atenção para a situação em que se encontram. A expectativa é de que a manifestação tenha impacto e leve as autoridades a atender às demandas da categoria.