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Paraná concede mais de mil quilômetros de rodovias à iniciativa privada em cerimônia no Palácio do Planalto.

O governo federal formalizou a concessão de mais de mil quilômetros de rodovias federais e estaduais do Paraná à iniciativa privada. O contrato terá duração de 30 anos e prevê que as empresas vencedoras do leilão, Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro, realizem obras emergenciais e de recomposição das vias. O investimento total estimado é de R$ 30,4 bilhões, com obras de sinalização, duplicação e construção de pontes e viadutos.

A cerimônia de formalização da concessão ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o governo federal, a transferência do controle das rodovias irá resultar em uma redução de 50% no valor dos pedágios pagos pelos motoristas, em comparação com os preços atuais. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, destacou que a duplicação de 700 quilômetros de rodovias trará mais segurança, conforto e capacidade de carga para os usuários.

Além disso, as rodovias concedidas dão acesso à região metropolitana de Curitiba, ao litoral do estado e ao Porto de Paranaguá. O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que estão programados nove leilões para este ano, com previsão de chegar a 35 leilões até 2026.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou que o contrato assinado inaugura um novo modelo de concessões no país, priorizando a oferta da menor tarifa em vez da maior outorga. Ele enfatizou que o governo não utilizará essas licitações para fazer caixa, mas sim para garantir a menor tarifa e melhor serviço para a população.

No entanto, o anúncio da concessão das rodovias também gerou preocupações e críticas por parte de alguns setores da sociedade. A transferência do controle das vias para a iniciativa privada suscitou questionamentos sobre a garantia da qualidade dos serviços e a manutenção dos trechos concedidos.

O novo modelo de concessões no Brasil tem como objetivo atrair investimentos privados para a melhoria da infraestrutura de transportes, reduzindo custos para os usuários e aumentando a segurança e a capacidade das rodovias. Agora, resta acompanhar de perto os desdobramentos e resultados dessa nova abordagem.

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