“A vacina é nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente, temos vacina. Temos que celebrar. Mas, a vacina, no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. [A vacina] não pode ser apontada como solução para esse momento agora,” ressaltou a ministra.
Trindade enfatizou a importância do controle dos focos de transmissão da dengue e do cuidado com as pessoas que adoecem pela doença. Ela ressaltou que, no momento, as medidas prioritárias devem ser essas, e que a vacinação seguirá os critérios de prioridade já estabelecidos em conjunto com os estados e municípios, priorizando uma faixa da população.
A ministra também destacou que a população idosa é a mais vulnerável, porém, ainda não há uma vacina autorizada para essa faixa etária. Por isso, ela reforçou que a vacina é apenas um instrumento e não é a única solução, nem a de maior impacto neste momento.
Essas declarações da ministra Nísia Trindade vem em meio a um cenário preocupante de aumento dos casos de dengue no Brasil. É importante ressaltar a importância da prevenção e do combate aos focos de transmissão da doença, bem como do cuidado com as pessoas que já foram infectadas. A vacina, apesar de representar uma esperança, ainda não é a solução definitiva para o atual cenário epidemiológico da dengue.