As brasileiras, por sua vez, tiveram três oportunidades anteriores para garantirem a sua participação em Paris, porém sem obter sucesso. No Campeonato Mundial de 2022, a equipe necessitava chegar à final, mas foi eliminada na primeira fase. Já nos Jogos Mundiais de 2021, a seleção precisava conquistar o título, porém teve que se contentar com a medalha de bronze. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, também em 2023, o objetivo era o ouro, mas mais uma vez a seleção brasileira ficou com o bronze.
Enquanto isso, o Campeonato Africano de goalball feminino contou apenas com a participação de três países: Argélia, Egito e Gana. De acordo com as normas do IPC, o torneio precisava contar com no mínimo quatro seleções para ser considerado válido como classificatório para os Jogos de Paris, o que ocasionou na perda da vaga paralímpica do continente africano.
A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) então ofereceu a vaga remanescente para a melhor seleção dos Jogos Mundiais que ainda não estivesse qualificada para Paris. Como China e Japão já haviam garantido suas vagas, o convite foi estendido ao Brasil, que prontamente aceitou. Agora, resta apenas a confirmação oficial da IBSA.
O técnico da seleção feminina de goalball, Alessandro Tosim, expressou sua felicidade ao ver a emoção das meninas ao receberem a notícia da classificação para os Jogos Paralímpicos. Ele também destacou que a mudança de perspectiva em relação ao trabalho da equipe é significativa, e que agora o foco é total na preparação para Paris.
O goalball é um esporte adaptado para pessoas com deficiência visual, e apresenta particularidades como o uso de vendas por todos os atletas em quadra, garantindo que jogadores com diferentes níveis de visão tenham condições equivalentes de participar. A bola utilizada no jogo possui um guizo, que auxilia na orientação espacial dos jogadores no decorrer da partida.