Período de defeso do caranguejo-uçá proíbe captura e comercialização até 15 de fevereiro, alerta IMA

A proibição da captura e comercialização do caranguejo-uçá entrou em vigor no último sábado (10) e vai até o dia 15 de fevereiro, de acordo com a Portaria nº 325, de 30 de dezembro de 2020, da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é preservar a reprodução do crustáceo, que está em período de defeso para garantir a sua sustentabilidade.

Durante esse período, a captura e a comercialização do caranguejo-uçá estão proibidas, o que tem gerado preocupação em relação à preservação da espécie. Segundo o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA), a temporada de defeso é crucial para a preservação do caranguejo, pois coincide com a época de acasalamento do animal, conhecida como andada. Durante esse período, os caranguejos abandonam suas tocas e ficam mais vulneráveis, por isso a proibição é essencial para que eles possam se reproduzir sem interferência humana.

A Gerência de Fiscalização e Monitoramento (Gefim) do IMA reforça a importância do período de defeso e informa que durante a primeira etapa do ano, em janeiro, nenhum auto de infração foi registrado referente à espécie. Segundo Lucas Silva, assessor ambiental do IMA, os períodos de defeso são fundamentais para garantir que o caranguejo-uçá se reproduza sem a interferência humana.

Além disso, a proibição da captura e comercialização do caranguejo-uçá também se estende a outros estados, como Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Qualquer descumprimento das determinações pode ser denunciado aos órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA/AL) e também pelo aplicativo IMA Denuncie.

Além do caranguejo-uçá, outras espécies de camarão, como o camarão-rosa, camarão sete barbas e camarão branco, também estão em período de defeso. A preservação dessas espécies é essencial para garantir o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade da pesca.

Portanto, é fundamental que pescadores e comerciantes respeitem as determinações do período de defeso e contribuam para a preservação das espécies marinhas, garantindo a sustentabilidade da pesca para as gerações futuras.

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