Operação Escudo: Entidades de direitos humanos investigam atuação policial na Baixada Santista

O Ouvidor da Polícia de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, liderou uma comitiva de entidades de direitos humanos em uma visita à Baixada Santista no último domingo (11) para investigar a atuação da polícia na Operação Escudo. A ação policial, que teve início em 2 de fevereiro, resultou na morte de 18 civis em supostos confrontos com os agentes, até o último sábado (10).

Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, diversas denúncias foram recebidas através de moradores e grupos em redes sociais, incluindo vídeos, fotos e áudios, que indicam um aumento assimétrico da violência nos últimos quatro dias, especialmente na sexta-feira. A percepção da Ouvidoria é compartilhada por diversas instituições e entidades de direitos humanos que têm atuado no episódio.

A Ouvidoria reforçou a disposição para receber denúncias da população e dos agentes de segurança que se sintam pressionados ou violados em seus direitos. As denúncias podem ser feitas por WhatsApp, telefone, e-mail ou presencialmente na Ouvidoria em São Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que todos os casos estão sendo apurados e que, desde o início do ano, foram registradas seis mortes de policiais envolvendo confrontos. Além disso, a SSP ressaltou que todos os casos estão sendo rigorosamente investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A região da Baixada Santista está sob a nova fase da Operação Escudo, lançada em reação à morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo em Santos no dia 2 de fevereiro. Um policial militar atirou duas vezes à queima-roupa em um homem desarmado em São Vicente, na Baixada Santista, na última sexta-feira, e a ação foi gravada por moradores locais. A SSP afirmou que abriu uma investigação para apurar o caso e que a ação não tem relação com a Operação Escudo.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, manifestou preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista, publicando uma nota nas redes sociais. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) expressou a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos sobre graves violações de direitos humanos durante a Operação Escudo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo