Com um histórico de centenas de turmas e milhares de estudantes formados, Erivaldo se tornou uma figura marcante e adorada em todas as escolas onde lecionou. Muitos alunos e professores ainda o procuram, mesmo depois de anos, para relembrar os velhos tempos. Com um olhar esverdeado de maresia, o professor Erivaldo confidencia que é extremamente triste em ter que deixar a sala de aula. Para ele, a profissão de professor é algo que gosta de fazer e sempre buscou executar seu trabalho com eficiência.
Nascido em Atalaia, município do interior de Alagoas, Erivaldo foi criado e começou a estudar boa parte da infância e adolescência em São Miguel dos Campos. Nas escolas onde atuou, Erivaldo participou de projetos ambientais, como as atividades do Dia do Rio, verificação do ambiente, da poluição da região, e sempre realizando ações de conscientização da preservação ambiental.
Os alunos da Escola Neide França, onde Erivaldo lecionou por 13 anos, lamentam sua saída e descrevem o professor como sério, engraçado e muito dedicado aos estudantes. Uma das estudantes, Esther, afirma que o professor valoriza muito a profissão e proporciona espaço para a participação dos alunos em sala.
Com o encerramento da vida profissional, resta às centenas de estudantes e colegas a gratidão que têm pelo professor Erivaldo, que deixará um legado sólido em todas as escolas onde atuou. A diretora da Escola Neide França, Alessandra de Almeida, destacou o comprometimento do professor com a educação e o impacto que ele teve na comunidade escolar. Para muitos, o professor Erivaldo carrega consigo uma carga de ensinamentos que contribuíram para a sua formação, além de trazer momentos de alegria e descontração para a sala de aula.
Sentado em uma cadeira de refeitório de escola, Erivaldo Ribeiro de Almeida, 75 anos, prestes a contar sua história de vida em meio a refletores, gravadores e câmeras, na Escola Municipal Neide França, localizada no povoado Saúde, bairro Pescaria. Com quase 60 anos de sala de aula (29 anos e seis meses na rede municipal e 30 anos no estado, com passagens na rede privada de ensino), Erivaldo é um dos servidores da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) prestes a se aposentar. Porém, ele não quer deixar a sala de aula e se entristece sempre que ouve a palavra aposentadoria.”Eu nunca pedi férias, nem licenças. Foram 50 anos bem vividos de estímulo, de energia, de satisfação, porque a profissão que escolhi realmente foi ser professor, e é isto que gosto de fazer. Estou me sentindo extremamente triste devido a minha saída da sala de aula. É também uma sensação agridoce”, comentou o professor, que é pai de dois filhos e avô de um neto.
