O governador, por meio de uma nota publicada em seu ex-perfil no Twitter, anunciou que a sindicância deve “ouvir imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade”. O deputado estadual Matheus Gomes, do PSol, compartilhou em sua conta um vídeo da detenção do homem negro, que aconteceu no bairro Rio Branco, a cerca de três quilômetros do Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul.
Segundo o relato do parlamentar, o homem negro foi agredido pelo homem branco e sem camisa, e ao denunciar o caso para os policiais, acabou sendo preso por “resistência”. Matheus Gomes ressaltou que o episódio é um reflexo do racismo que ainda impera na Brigada Militar. Até o momento, nem o perfil nem o site da corporação trouxeram qualquer posicionamento oficial sobre o episódio em questão.
É importante ressaltar que, no último dia 8, os alunos-oficiais da Brigada Militar participaram de uma palestra com o tema “Racismo Estrutural e a Importância do Letramento Racial para as Instituições de Segurança Pública”. A informação foi encontrada na página da instituição na internet. Através desse evento, a corporação demonstrou estar aberta ao diálogo sobre questões raciais e à importância do letramento racial para as instituições de segurança pública.
A determinação do governador para a abertura da sindicância e a falta de posicionamento oficial da Brigada Militar sobre o episódio em questão evidenciam a urgência de se investigar e esclarecer o ocorrido. O caso levanta questões importantes sobre a atuação da polícia e reforça a necessidade de um debate amplo e consistente sobre o combate ao racismo nas instituições de segurança pública.