A suspensão de repasses para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) por mais de 10 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Itália, Suíça, Irlanda e Austrália, foi motivada pelas denúncias de envolvimento de funcionários da entidade nos ataques realizados pelo grupo palestino Hamas. Israel defendeu a extinção da UNRWA e sua substituição por outras agências. Em resposta, a UNRWA anunciou o afastamento dos acusados e criticou a suspensão dos repasses financeiros.
A agência é responsável por uma série de serviços sociais na região, incluindo a construção e a administração de escolas, abrigos para desalojados, clínicas médicas e distribuição de alimentos. Além disso, a UNRWA é uma importante fonte de emprego em uma região onde grande parte da população enfrenta o desemprego.
Lula cobrou que as lideranças mundiais ajam de forma responsável em relação à situação humanitária na Faixa de Gaza e não suspendam a ajuda humanitária para um povo que está tentando construir seu Estado há décadas. Ele também anunciou que o Brasil vai defender na ONU o reconhecimento definitivo do Estado palestino como pleno e soberano, além de apoiar uma reforma na ONU para ampliar as participações no Conselho de Segurança e extinguir o direito de veto mantido por cinco países.
O presidente brasileiro destacou que as decisões tomadas pela ONU em relação a conflitos internacionais não foram cumpridas, enfatizando a importância de humanizar o ser humano em meio ao cenário de conflitos. Lula se posicionou a favor do povo palestino e condenou as ações do Hamas e do exército de Israel. Ele também destacou a necessidade de uma ação urgente para evitar um desastre humanitário crescente em Gaza, enfatizando que não há substituto para o papel desempenhado pela UNRWA.