Projeto que inclui celebrações judaicas e islâmicas no calendário brasileiro é aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado.

Na última semana, o Brasil se viu envolvido no conflito entre Israel e Palestina, o qual ganhou ainda mais repercussão no país. Nesse contexto, a Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou um projeto que busca incluir duas celebrações judaicas e duas islâmicas no calendário oficial de datas comemorativas. A proposta foi apresentada pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e recebeu parecer favorável do senador Carlos Portinho (PL-RJ), sendo aprovada nesta terça-feira (20).

O projeto, de número PL 3.483/2023, insere o Rosh Hashaná, que é o primeiro dia do Ano Novo judaico, e o Yom Kipur, conhecido como o Dia do Perdão, entre as datas comemorativas brasileiras. Além disso, a proposta introduz o Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, e o Eid al-Adha, conhecido como a Festa do Sacrifício, as quais serão celebradas anualmente de acordo com o calendário islâmico.

O senador Pontes fez questão de ressaltar a diversidade cultural do Brasil e a relevância de incluir essas celebrações no calendário oficial do país. Ele também destacou que o Brasil abriga uma das maiores comunidades de judeus do mundo e uma significativa população muçulmana.

Pontes citou essa medida como um exemplo de paz entre nações que sabem respeitar suas diversidades e perspectivas, enfatizando a importância de ouvir e respeitar as opiniões alheias.

O senador ainda informou que foi procurado por líderes das comunidades judaica e muçulmana, os quais manifestaram apoio à matéria, destacando que essa medida representa uma “pequena semente” em busca da paz, ao contrário de “falas que incentivam o conflito”.

Em relação às datas comemorativas, o Rosh Hashaná é descrito como um momento de celebração e reflexão entre os judeus, enquanto o Yom Kipur é dedicado à oração, ao arrependimento e à caridade. Por sua vez, as celebrações islâmicas do Eid al-Fitr e do Eid al-Adha marcam momentos de festa, oração e reunião das comunidades muçulmanas.

A inclusão dessas celebrações no calendário oficial do Brasil representa um passo em direção à valorização da diversidade cultural e religiosa no país, além de ser um gesto simbólico de busca pela paz e entendimento entre diferentes povos e crenças. Se não houver recurso para votação em Plenário, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo