Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a adesão à paralisação abrange pelo menos metade dos servidores, que rejeitaram a proposta do governo de conceder reajuste de 13%, parcelado para 2025 e 2026. Os servidores pedem reajuste de 36% e reestruturação da carreira. A decisão também inclui a entrega dos cargos comissionados, incluindo gerências e diretorias, com o objetivo de pressionar o governo a atender às demandas da categoria.
O presidente nacional do Sinal, Fábio Faiad, informou que 500 cargos foram entregues, mas a dispensa ainda não foi efetivada pelo BC. Além disso, 60 adjuntos e consultores participam do movimento, e os chefes de departamento emitiram uma carta de cobrança direcionada à Diretoria Colegiada do Banco Central.
As demandas dos servidores incluem a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança do nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma retribuição por produtividade institucional, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal. O Sinal alerta que se a próxima reunião com o Ministério da Gestão e Inovação, agendada para o dia 21 de fevereiro, não resultar em avanços significativos, haverá um indicativo para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.
A Agência Brasil entrou em contato com o Banco Central para se manifestar sobre a paralisação, mas até o momento não houve resposta. Os servidores aguardam avanços significativos nas negociações com o governo e, caso isso não ocorra, a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado não está descartada. A categoria está unida em busca de uma proposta que atenda às suas demandas e valorize a carreira de Especialista no Banco Central.
