O fenômeno foi detectado na sexta-feira (16) e evoluiu para a categoria de tempestade tropical na segunda-feira (19). Apesar disso, a ocorrência do ciclone ficou restrita ao alto-mar e não causou impactos no continente. Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica em seu centro, com circulação fechada e ventos que sopram para o seu interior.
Existem diversas categorias de ciclones, sendo a perturbação tropical a mais leve e os furacões os mais intensos. A depressão tropical é a segunda categoria, caracterizada por ventos de até 60 km/h, enquanto a tempestade tropical pode causar ventos de até 116 km/h, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As tempestades tropicais também podem evoluir para furacões, que têm ventos com intensidade ainda maior, como aconteceu com o furacão Catarina, que atingiu o Sul do país em 2004.
Segundo a Marinha, tempestades tropicais são raras no litoral brasileiro. O Akará foi apenas o terceiro registro do fenômeno no país, sendo os anteriores o Catarina (que antes de se tornar furacão foi tempestade tropical), em 2004, e o Iba, em 2019.
O ciclone Akará apresentou um fenômeno raro no Brasil, mas acabou perdendo força e se transformando em depressão tropical. Mesmo assim, a atuação desse tipo de tempestade tropical no litoral brasileiro é um acontecimento poco comum, segundo a Marinha. Na história recente do país, apenas três registros foram feitos. O mais conhecido deles é o furacão Catarina, que causou impacto no Sul do Brasil em 2004.