Em seu discurso, Lula reiterou seu apoio à criação de um Estado Palestino livre e soberano, enfatizando a importância de uma convivência pacífica entre esse novo Estado e Israel. Ele ressaltou que as ações israelenses em Gaza não constituem uma guerra, mas sim um genocídio, devido ao alto número de vítimas civis, incluindo crianças e mulheres.
O presidente também reagiu às críticas recebidas após sua declaração na Etiópia, defendendo-se e pedindo para que as pessoas leiam a entrevista completa antes de tirarem conclusões precipitadas. Ele destacou a tragédia das mortes de crianças e civis em hospitais, reiterando sua posição de que tais ações configuram genocídio.
A declaração de Lula gerou uma reação por parte do governo de Israel, que o declarou persona non grata no país. Em resposta, o governo brasileiro convocou o embaixador em Tel Aviv para consultas e o ministro das Relações Exteriores criticou o chanceler israelense por seus comentários sobre Lula.
Além disso, o presidente aproveitou para criticar a hipocrisia da classe política e da inação diante dos conflitos em Gaza, pedindo por uma reforma no Conselho de Segurança da ONU que inclua representações de países da América Latina, África, Índia e outras nações. Lula também apelou por uma postura mais política na resolução de conflitos, condenando a guerra na Ucrânia e em Gaza, e enfatizando a necessidade de sensibilidade diante da fome e sofrimento de milhões de crianças em todo o mundo.