Durante o discurso, Bolsonaro admitiu ter conhecimento sobre uma minuta que previa a decretação do estado de sítio, a prisão de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de apoiar um suposto golpe de Estado. No entanto, o ex-presidente criticou as investigações criminais da Polícia Federal em relação a essa minuta, adotando uma postura diferente daquela apresentada em seu depoimento à PF na última quinta-feira (22), quando optou por permanecer em silêncio diante das perguntas dos investigadores.
A descoberta da minuta ocorreu durante uma operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, em janeiro do ano passado. O documento também foi mencionado nas delações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, que trouxeram à tona planos de intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e convocar novas eleições.
Além disso, Bolsonaro está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo STF em relação ao ataque ocorrido em 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília. Outros elementos, como um vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em julho de 2022, no qual sugestões de ataques ao sistema eleitoral eletrônico e à eleição presidencial foram discutidas, também estão sob investigação.
Diante desses acontecimentos e das revelações feitas durante o discurso de Bolsonaro, a Polícia Federal segue atenta e empenhada em esclarecer os eventos ocorridos e garantir a segurança e a estabilidade democrática do país.
