O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial do estado, tem validade de 180 dias e foi baseado em prognósticos técnicos que indicam chuvas acima da média climatológica para o período. O governo justifica a medida afirmando que a interrupção da normalidade e da rotina das famílias atingidas, juntamente com os impactos negativos no sistema de transporte, saúde pública e segurança da população, demandam ações urgentes.
Embora tenham sido realizadas ações para minimizar os danos, o governo reconhece que a capacidade de apoio aos municípios afetados foi ultrapassada e que medidas emergenciais são necessárias. Com o decreto, o acesso a recursos federais em casos de eventos extremos é facilitado, sendo os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri os mais atingidos.
Destes, Jordão se encontra em situação crítica, com 80% da população afetada pelas águas do Rio Tarauacá. O município conta com 46 abrigos públicos atendendo 5.578 pessoas desabrigadas e 5.703 desalojadas. A coordenação dos trabalhos ficará a cargo da Defesa Civil estadual, com suporte logístico e medidas administrativas urgentes para enfrentar a emergência.
Além disso, outros municípios também declararam situação de emergência com base nos dados de cheia dos rios e igarapés. O alerta do governo para a situação de emergência foi decretado dois dias após o estado de alerta em todo o Acre, com a constituição de equipes multidisciplinares para lidar com as chuvas. O momento é de mobilização e solidariedade para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.