O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Eduardo Pimentel, alerta para a realidade desafiadora que envolve o câncer de pênis, enfatizando que o tratamento muitas vezes implica em uma mutilação, com a perda parcial ou total do órgão afetado. Pimentel ressalta que o Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo em termos de diagnósticos dessa doença e também em número de mortes atribuídas a ela, conforme dados de 2022.
Os primeiros sintomas do câncer de pênis geralmente se manifestam através de pequenas feridas que não cicatrizam, secreções com odor desagradável ou mudanças na aparência da pele da glande. Portanto, a detecção precoce é essencial para um prognóstico mais favorável. Nesse sentido, o diagnóstico rápido torna-se crucial no combate a essa condição devastadora.
Apesar de ser considerado um tipo raro de câncer, o Sistema Único de Saúde (SUS) observou um aumento significativo no número de cirurgias relacionadas ao tratamento do câncer de pênis nos últimos anos, evidenciando a importância da intervenção precoce. Além disso, procedimentos como quimioterapia e radioterapia têm sido cada vez mais indicados em casos de recorrência da doença ou em situações em que a abordagem cirúrgica não se mostra viável.
A conscientização sobre a higiene do pênis desde a infância é destacada como uma prática fundamental na prevenção do câncer de pênis. Por isso, pais e responsáveis são orientados a instruir os meninos sobre os cuidados adequados, como a higienização diária com água e sabão. Essas medidas simples podem contribuir significativamente na redução dos riscos associados a essa enfermidade.
Em resumo, o combate ao câncer de pênis demanda uma abordagem multifacetada que englobe a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos eficazes. A disseminação de informações sobre esse tema delicado é essencial para conscientizar a população e promover a saúde dos homens em todo o país.