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Manifestação de apoiadores de Bolsonaro em SP teve caráter intimidatório, diz senador Humberto Costa em pronunciamento no Senado

Na última terça-feira (27), o senador Humberto Costa (PT-PE) fez duras críticas à manifestação realizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo no domingo (25). De acordo com o senador, o evento tinha um caráter intimidatório, sendo uma tentativa de desviar o foco das investigações da Polícia Federal sobre uma possível tentativa de golpe de Estado.

Durante seu pronunciamento, Humberto Costa classificou a manifestação como uma demonstração de força por parte de Bolsonaro, que estaria buscando um “salvo-conduto” para os crimes que teria cometido. Segundo ele, a atmosfera da manifestação lembrava um velório de missa fúnebre, evidenciando o medo e acuamento do ex-presidente diante das investigações em andamento.

O senador também apontou que Bolsonaro teria sido o responsável por ordenar, coordenar, comandar e participar de atos com o intuito de dar um golpe de Estado. Humberto mencionou que essas ações estariam documentadas em delações de pessoas próximas ao ex-presidente, como o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Além disso, Humberto Costa criticou veementemente os projetos de anistia aos presos pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro que estão em tramitação no Congresso. Para ele, seria vergonhoso que esse tipo de proposição fosse apresentado, uma vez que representaria uma tentativa de proteger aqueles que desrespeitaram as instituições democráticas.

O senador encerrou seu discurso enfatizando a confiança nas instituições do país e na capacidade de resistência do Estado de Direito diante de tentativas de subversão. Para Humberto, a ameaça de bandidos não será capaz de intimidar as forças da lei, que devem ser respeitadas e atuantes no combate à corrupção e aos abusos de poder.

Nesse contexto, as declarações do senador Humberto Costa ressaltam a tensão política e institucional que o Brasil enfrenta, evidenciando a necessidade de fortalecer a democracia e garantir a prevalência da lei no país.

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