Senador critica ONGs por lucrar com recursos naturais da Amazônia sem beneficiar população ribeirinha, denuncia falta de retorno para comunidades.

Em um pronunciamento contundente realizado nesta terça-feira (27), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar as organizações não governamentais (ONGs) que, segundo ele, lucram com os recursos naturais da Amazônia sem reverter benefícios para a população ribeirinha. Durante sua fala no Senado, o parlamentar mencionou um projeto específico, o Piraruclub, desenvolvido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que teria gerado um faturamento de R$ 158 mil em 2023.

De acordo com Plínio Valério, apesar dos ganhos relativamente expressivos obtidos pela FAS, as famílias envolvidas no projeto não têm visto uma proporção justa desse montante. Ele criticou o fato de que, apesar do volume de vendas de 4,4 toneladas de pirarucu, as 110 famílias ribeirinhas envolvidas no manejo teriam recebido uma média de apenas R$ 119,69 por mês, o que equivale a cerca de R$ 29 por pessoa.

O senador enfatizou que essa situação não contribui para a melhoria da qualidade de vida das famílias ribeirinhas, muitas das quais vivem em condições precárias. Ele acusou a FAS de enganar os participantes do projeto, caracterizando a organização como aproveitadora e vendedora de ilusões.

Diante desse cenário, Plínio Valério alertou para a necessidade de haver uma mudança na forma como as ONGs atuam na região amazônica, garantindo que as comunidades locais sejam verdadeiramente beneficiadas pelas iniciativas sustentáveis. O senador reforçou a importância de proteger os direitos e a dignidade dos ribeirinhos, para evitar que sejam explorados em nome da preservação ambiental.

O discurso do senador Plínio Valério levanta importantes questionamentos sobre a eficácia e a transparência das ações das ONGs na Amazônia, colocando em destaque a necessidade de uma maior fiscalização e responsabilidade social por parte dessas organizações em relação às comunidades locais.

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