De acordo com Plínio Valério, apesar dos ganhos relativamente expressivos obtidos pela FAS, as famílias envolvidas no projeto não têm visto uma proporção justa desse montante. Ele criticou o fato de que, apesar do volume de vendas de 4,4 toneladas de pirarucu, as 110 famílias ribeirinhas envolvidas no manejo teriam recebido uma média de apenas R$ 119,69 por mês, o que equivale a cerca de R$ 29 por pessoa.
O senador enfatizou que essa situação não contribui para a melhoria da qualidade de vida das famílias ribeirinhas, muitas das quais vivem em condições precárias. Ele acusou a FAS de enganar os participantes do projeto, caracterizando a organização como aproveitadora e vendedora de ilusões.
Diante desse cenário, Plínio Valério alertou para a necessidade de haver uma mudança na forma como as ONGs atuam na região amazônica, garantindo que as comunidades locais sejam verdadeiramente beneficiadas pelas iniciativas sustentáveis. O senador reforçou a importância de proteger os direitos e a dignidade dos ribeirinhos, para evitar que sejam explorados em nome da preservação ambiental.
O discurso do senador Plínio Valério levanta importantes questionamentos sobre a eficácia e a transparência das ações das ONGs na Amazônia, colocando em destaque a necessidade de uma maior fiscalização e responsabilidade social por parte dessas organizações em relação às comunidades locais.