Ana Cláudia Oliveira, coordenadora de Pesquisas do Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados, destacou que os homens recebem os recursos mais cedo, o que os coloca em vantagem para iniciar suas campanhas antes. Diante desse cenário, o observatório recomendou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o repasse dos recursos seja feito nas primeiras duas semanas de campanha, permitindo que as candidatas possam contratar serviços e pessoal para suas campanhas.
A deputada Yandra Moura, coordenadora Geral do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), relatou que a bancada feminina tentou fixar uma data limite para o repasse dos recursos às candidatas na legislação eleitoral, porém a tentativa não obteve sucesso. Além disso, Thamara Ribeiro, do Serviço de Ciência de Dados da Câmara, ressaltou que as receitas chegam em cima da hora para as candidatas, dificultando a efetivação das campanhas.
Para enfrentar os desafios do financiamento para as candidatas, especialistas sugerem mudanças nas regras e critérios de distribuição dos recursos, além de mais transparência nesse processo. É fundamental garantir uma distribuição justa e eficaz dos recursos, especialmente para as mulheres negras que enfrentam maiores obstáculos no cenário político. A discussão sobre a participação das mulheres na política e as condições de financiamento eleitoral é essencial para promover a igualdade de gênero e garantir a representatividade feminina nos espaços de poder.