Essa decisão de antecipar o aumento da mistura de biodiesel foi tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em dezembro de 2023. Inicialmente, a previsão era que o índice de 14% só seria alcançado em 2025. Essa antecipação traz benefícios não apenas ambientais, mas também econômicos e sociais.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a medida tem o potencial de evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação de combustíveis fósseis. Além disso, o aumento na mistura do biodiesel também contribui para a segurança energética do país, já que reduz a necessidade de importação de diesel em cerca de 2 bilhões de litros.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que essa medida beneficia tanto os produtores agrícolas quanto a agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento regional e combatendo as desigualdades. Ele ressaltou a importância do fortalecimento da cadeia produtiva do biodiesel, desde os pequenos cooperados até as grandes usinas.
Com o aumento do biodiesel, a demanda por matéria-prima, principalmente a soja, deve subir em cerca de 6 milhões de toneladas até 2025, quando será adotado o B15. Estima-se que essa mudança resulte em uma redução de R$ 7,2 bilhões nos gastos com importação de diesel e permita que as usinas recuperem sua capacidade produtiva ociosa.
A próxima modificação no percentual de mistura do biodiesel está prevista para 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15), consolidando ainda mais a importância do uso de fontes renováveis na matriz energética brasileira.