O destaque positivo do PIB em 2023 veio do setor agropecuário, que apresentou um crescimento recorde de 15,1%, o maior desde que a série histórica da pesquisa foi iniciada em 1995. Outros setores da economia, como a indústria (1,6%) e os serviços (2,4%), também registraram crescimento ao longo do ano.
A pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis, explicou que o crescimento da agropecuária foi impulsionado principalmente pela produção de soja e milho, duas das principais lavouras do país. Além disso, a indústria extrativa mineral, com destaque para a extração de petróleo e minério de ferro, teve um desempenho positivo.
De acordo com Rebeca, os setores agropecuário e extrativo foram responsáveis por metade do crescimento do PIB. Outras atividades importantes para a economia, como eletricidade, água, gás, esgoto e intermediação financeira, também contribuíram para o resultado positivo.
No que diz respeito à demanda, o crescimento do PIB foi impulsionado pelo aumento do consumo das famílias (3,1%), consumo do governo (1,7%) e das exportações (9,1%). Por outro lado, os investimentos tiveram uma queda de 3% ao longo do ano. A formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos, teve um desempenho negativo.
No último trimestre de 2023, o PIB se manteve estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 2,1%. A expectativa é que o cenário econômico continue evoluindo de forma positiva nos próximos trimestres.