Violência e tensão aumentam em Porto Príncipe enquanto primeiro-ministro do Haiti segue desaparecido e tiroteios se intensificam.

A capital do Haiti, Porto Príncipe, vive mais um dia de intensos tiroteios em vários pontos da cidade, incluindo no aeroporto. O primeiro-ministro, Ariel Henry, ainda está desaparecido, aumentando a incerteza e a instabilidade política no país. Diante deste cenário caótico, o governo brasileiro emitiu uma nota expressando preocupação com a grave deterioração da segurança pública no Haiti e apelando para que a comunidade internacional tome medidas concretas para apoiar o país.

A necessidade de enviar uma missão internacional de segurança para o Haiti foi destacada pelo Itamaraty, que reforçou o compromisso do Brasil com a estabilização da nação caribenha. Além disso, foi cobrado das lideranças haitianas a contribuição para a realização de eleições, quando a situação de violência permitir, garantindo segurança aos eleitores e candidatos.

A embaixada brasileira em Porto Príncipe está em contato com a comunidade brasileira no país e não há registros de brasileiros afetados diretamente pela violência. No entanto, a situação de tensão e violência tem levado ao aumento do número de desalojados que fogem dos confrontos entre bandos armados e a polícia. A fuga de presos das duas maiores prisões do Haiti também tem contribuído para o caos na cidade.

No último sábado, grupos armados atacaram as prisões La Capitale e Croix des Bouquets, resultando na fuga de cerca de 3,6 mil detentos, muitos deles líderes de gangues. A violência tem se intensificado, com relatos de possíveis ataques contra instituições públicas. O aeroporto de Porto Príncipe, Toussaint Louverture, foi palco de confrontos entre bandos armados e as forças de segurança, levando ao cancelamento de todos os voos e à criação de um clima de tensão na região.

Essa recente escalada de violência teve início na quinta-feira, depois que o primeiro-ministro das Bahamas informou que Ariel Henry havia se comprometido a realizar eleições até 2025, desagradando os líderes das gangues que exigem a renúncia do chefe de governo. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino do Haiti decretou estado de emergência e toque de recolher obrigatório na região oeste, podendo estender a medida para conter a violência.

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