O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão, ressaltou a gravidade da situação, com a maior epidemia de dengue no país registrada já nos dois primeiros meses do ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que oito estados brasileiros e o Distrito Federal concentram a maior parte dos casos notificados, totalizando mais de 1 milhão de casos e centenas de mortes relacionadas à doença.
A necessidade de vacinação em massa da população, aliada às medidas tradicionais de prevenção, como o combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, foram ressaltadas como estratégias essenciais para conter a propagação da doença. Além disso, a implementação de novas tecnologias, como a liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia para controlar as arboviroses, tem se mostrado eficaz em algumas localidades.
A necessidade de aprimorar a produção de vacinas e investir em pesquisas para o desenvolvimento de novos imunizantes também foi abordada durante a audiência. O Instituto Butantan, por exemplo, está desenvolvendo uma vacina experimental contra a dengue que apresentou resultados promissores em relação à eficácia na proteção contra os diferentes sorotipos da doença.
Por fim, especialistas ressaltaram a importância de uma abordagem integrada e multifacetada no combate à dengue, incluindo a utilização de tecnologias inovadoras, a promoção da vacinação em larga escala, a implementação de medidas preventivas eficazes e a pesquisa constante para aprimorar as estratégias de combate à doença. A dengue é um problema global que exige a colaboração de diversos setores e a implementação de ações coordenadas para enfrentar essa grave ameaça à saúde pública.
