Comissão de Esporte rejeita projeto de transparência para árbitros do futebol brasileiro, mas CBF adota medida por pressão do Senado.

Na última quarta-feira (6), a Comissão de Esporte (Cesp) tomou uma decisão polêmica ao rejeitar o projeto (PL 5926/2019) que propunha a implementação de um programa de transparência para os árbitros do futebol brasileiro. O relator da matéria, o deputado Carlos Portinho (PL-RJ), argumentou que não cabe ao Estado intervir nas regras do jogo de futebol e destacou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já está em fase de testes com a inclusão de áudios nas decisões finais dos árbitros.

Portinho ressaltou, no entanto, que mesmo com a rejeição do projeto, a CBF foi motivada a adotar o procedimento de justificar as decisões dos árbitros após a utilização do VAR. Essa medida visa trazer mais transparência e explicabilidade para as decisões tomadas durante as partidas de futebol, proporcionando maior clareza para todos os envolvidos no esporte.

O autor do projeto, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), demonstrou descontentamento com a decisão da Cesp e afirmou que irá recorrer para levar a proposta para votação no Plenário do Senado. Trad alega que a transparência e a prestação de contas por parte dos árbitros são fundamentais para garantir a lisura das competições esportivas, especialmente em um campo tão controverso como o futebol.

A rejeição do projeto levantou um debate sobre o papel do Estado na regulação das atividades esportivas e a necessidade de garantir a integridade e a transparência nas decisões tomadas pelos árbitros. O assunto ainda promete gerar mais discussões no cenário esportivo brasileiro, com potencial de influenciar diretamente a forma como as partidas de futebol são conduzidas e avaliadas.

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